Novo cenário, mesmo enredo por Rafael Lopes

O primeiro treino classificatório da Fórmula 1 na Índia terminou com um fim bem conhecido de todos: Sebastian Vettel na ponta, pela 13ª vez na temporada 2011. E não deu nem para dizer que foi difícil.

O alemão da RBR dominou a sessão desde o início e só foi ameaçado, muito brevemente, por Lewis Hamilton na superpole. Só que o inglês tinha sido punido com a perda de três posições no grid por ter ignorado bandeiras amarelas no treino livre de sexta e não podia ficar com a pole. Foi assim, sem sustos, que o bicampeão levou, com muito merecimento, a primeira posição na largada no Buddh International Circuit, em Nova Déli.



Vettel chegou à 28ª pole da carreira e está a apenas uma de igualar a marca de 14 em uma temporada, do “Leão” Nigel Mansell, obtida em 1992 com a Williams. Com o resultado do treino na Índia, o alemão igualou as marcas de Ayrton Senna em 1988 e 1989 e do francês Alain Prost em 1993, que fizeram marcaram 13 em cada ano. Quer mais? Ele ainda deu à RBR o recorde de mais poles em um só campeonato, com 16 em 17 provas em 2011. Apenas Hamilton, na Coreia do Sul, interrompeu a hegemonia da equipe. No ano o time tinha conseguido 15, igual à McLaren em 1988 e 1989 e à Williams em 1992 e 1993. Um ano inesquecível.



Sobre a corrida, a largada será decisiva para os desdobramentos da briga pelo vice-campeonato. Com o apoio da RBR e um possível jogo de equipe, Mark Webber foi beneficiado com a punição a Hamilton e sai em segundo. O problema é que as saídas do australiano têm sido pífias em 2011 e a situação deve piorar na imunda e empoeirada pista indiana. Existe muito pó depositado fora da linha ideal do circuito. Fernando Alonso, com uma Ferrari ainda claudicante, foi o terceiro, seguido por Jenson Button, atual segundo colocado no campeonato. Hamilton sai em quinto. A configuração do grid pode indicar o destino da última briga viva do ano.

Melhor de sexta-feira, Felipe Massa foi o protagonista do susto deste sábado. O brasileiro acertou uma “tartaruga”, obstáculo colocado após a zebra para impedir que os pilotos cortem caminho, na curva 9, teve a suspensão dianteira direita de sua a Ferrari quebrada, saiu da pista e bateu na barreira de pneus em baixa velocidade. O incidente acabou com suas chances no treino, o deixou em sexto no grid e provocou muitas reclamações do piloto após o treino. Ele cobrou mudanças no desenho do trecho, mas a FIA negou. Para mim, é no mínimo inaceitável que um impacto deste provoque uma quebra de suspensão assim.



Já os outros dois brasileiros acabaram eliminados ainda na segunda parte do treino (Q2). Bruno Senna teve problemas com o acerto de sua Renault-Lotus, modificado pela equipe pouco antes da sessão classificatória e sai em 14º, beneficiado pela punição ao companheiro Vitaly Petrov, que perdeu cinco posições no grid após acertar Michael Schumacher, da Mercedes, no GP da Coreia do Sul. O russo caiu para 16º. Já Rubens Barrichello, da Williams, chegou ao limite do carro e foi o 15º, duas atrás do venezuelano Pastor Maldonado. E, de quebra, o veterano ainda está perdendo a paciência com a equipe inglesa, que não decide seu futuro.

Fonte: voandobaixo

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