20/10/2011 Carros do Álvaro — O Boss não disfarça o que realmente é, muito rápido.
A Ford australiana acaba de construir seu modelo mais rápido de todos os tempos: o Ford Performance Vehicles Boss 335 GT. O 335 remete aos kilowatts gerados, equivalentes a 450 cv, vindos de um V8 de 5.0 litros instalado no tradicional Ford Falcon de tração traseira. Com suas dimensões imponentes e as tradicionais faixas pretas aplicadas sobre a pintura, que identificam os produtos esportivos da marca, o Boss não disfarça o que realmente é, muito rápido.
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Fonte disponível no(a): CarMagazine.uol.com.br
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A Ford australiana acaba de construir seu modelo mais rápido de todos os tempos: o Ford Performance Vehicles Boss 335 GT. O 335 remete aos kilowatts gerados, equivalentes a 450 cv, vindos de um V8 de 5.0 litros instalado no tradicional Ford Falcon de tração traseira. Com suas dimensões imponentes e as tradicionais faixas pretas aplicadas sobre a pintura, que identificam os produtos esportivos da marca, o Boss não disfarça o que realmente é, muito rápido.
A paixão dos australianos pelos ‘muscle cars’ excede a dos americanos e eles sabem bem como fazê-los, independente das tendências atuais que deveriam ter freado o apetite por esses bichos grandes e beberrões. A febre dos ‘muscle cars’ nos EUA foi arrefecida com a crise do petróleo em 1971, enquanto a cultura australiana a esses carros apenas começava. Nesse ano eles lançavam o Ford Falcon GTHO Phase III, uma raridade atualmente cultuada no país, que chega a valer € 750 mil e que foi produzido durante toda a década de 70.
Mas as coisas se dificultaram por lá também. O preço da gasolina na Austrália se aproximou dos praticados na Europa e Estados Unidos e o país tem um dos mais rígidos controles de velocidade do mundo. Mas nada disso tira o entusiasmo do pessoal de lá pelos sedentos V8. Ícones do automobilismo, ajudaram no refi-namento da engenharia por lá, como Tom Walkinshaw, que desenvolveu produtos para a Holden – subsidiária da GM – e agora David Richards, cuja Prodrive é fornecedora de seu motor Miami que equipa o Boss. Richards tem participação na Aston Martin e não seria improvável vermos o Miami numa próxima geração de Astons, afinal, tudo o que sai da Prodrive é de altíssima qualidade.
Mas ele é bom? O preço pelo menos é. Custando o equivalente a R$ 123 mil, o Boss de entrada custa menos da metade de um Audi RS5, que sai a R$ 300 mil na Europa. Assim como a maioria dos carros australianos, o Boss é espartano, voltado à redução de preço, portanto, não espere por bons acabamentos e materiais nobres em seu interior.
Mas naquilo que os australianos realmente precisam não há economia, como na grande alavanca de câmbio e um dos melhores bancos de todo o mundo, pensados nas grandes distâncias que podem ser percorridas.
Essas distâncias parecem menores no Boss. Baseado no bloco V8 da Ford americana, o Miami entrega potência linear. O chiado do supercharger domina o ambiente interno, mas no exterior prevalece o ronco grave dos escapamentos, geralmente acompanhados de pneus queimando no asfalto.
O Boss tem controle de tração, mas sua maior contribuição é piscar no painel para avisar que você está patinando. Felizmente o equilíbrio natural do chassi Ford é excelente, ajudando na condução. Ele tem direção rápida, precisa e dirigibilidade ótima, não tão precisa quanto à dos esportivos europeus, mas bem melhor que a maioria dos ‘muscle cars’ americanos.
A Ford não tem planos de exportar o Boss australiano, o que é uma pena, pois ele é muito divertido, rápido e interessante.
Preço: R$ 123 mil (est/na Austrália)
Motor: V8 4.951 cc 32V supercharged, 450 cv @ 5.750 rpm, 58 kgfm @ 2.200-5.500 rpm
Transmissão: Seis marchas automático, tração traseira
Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,9 s, 250 km/h (limitada), 8,5 km/l, 325 g CO2/km
Peso: 1.863kg
Mas as coisas se dificultaram por lá também. O preço da gasolina na Austrália se aproximou dos praticados na Europa e Estados Unidos e o país tem um dos mais rígidos controles de velocidade do mundo. Mas nada disso tira o entusiasmo do pessoal de lá pelos sedentos V8. Ícones do automobilismo, ajudaram no refi-namento da engenharia por lá, como Tom Walkinshaw, que desenvolveu produtos para a Holden – subsidiária da GM – e agora David Richards, cuja Prodrive é fornecedora de seu motor Miami que equipa o Boss. Richards tem participação na Aston Martin e não seria improvável vermos o Miami numa próxima geração de Astons, afinal, tudo o que sai da Prodrive é de altíssima qualidade.
Mas ele é bom? O preço pelo menos é. Custando o equivalente a R$ 123 mil, o Boss de entrada custa menos da metade de um Audi RS5, que sai a R$ 300 mil na Europa. Assim como a maioria dos carros australianos, o Boss é espartano, voltado à redução de preço, portanto, não espere por bons acabamentos e materiais nobres em seu interior.
Mas naquilo que os australianos realmente precisam não há economia, como na grande alavanca de câmbio e um dos melhores bancos de todo o mundo, pensados nas grandes distâncias que podem ser percorridas.
Essas distâncias parecem menores no Boss. Baseado no bloco V8 da Ford americana, o Miami entrega potência linear. O chiado do supercharger domina o ambiente interno, mas no exterior prevalece o ronco grave dos escapamentos, geralmente acompanhados de pneus queimando no asfalto.
O Boss tem controle de tração, mas sua maior contribuição é piscar no painel para avisar que você está patinando. Felizmente o equilíbrio natural do chassi Ford é excelente, ajudando na condução. Ele tem direção rápida, precisa e dirigibilidade ótima, não tão precisa quanto à dos esportivos europeus, mas bem melhor que a maioria dos ‘muscle cars’ americanos.
A Ford não tem planos de exportar o Boss australiano, o que é uma pena, pois ele é muito divertido, rápido e interessante.
Preço: R$ 123 mil (est/na Austrália)
Motor: V8 4.951 cc 32V supercharged, 450 cv @ 5.750 rpm, 58 kgfm @ 2.200-5.500 rpm
Transmissão: Seis marchas automático, tração traseira
Desempenho: 0 a 100 km/h em 4,9 s, 250 km/h (limitada), 8,5 km/l, 325 g CO2/km
Peso: 1.863kg
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