O mercado dos sedans médios possui diversos representantes no Brasil – só em 2011 foram lançados Fluence, novo Jetta, Cruze e 408, sem falar na re-estilização do Corolla e no Cerato, que ganhou opção de seis marchas. Ainda estão por vir o Hyundai Elantra e o novo Civic. Entre os sedans lançados este ano, apenas o Peugeot 408 (nome que dá a entender que substitui o 407, mas na verdade ele vem para assumir o lugar do 307 Sedan) não havia sido avaliado pelo Auto REALIDADE. Não falta mais...
Infelizmente, o Peugeot 408 está tendo vendas mais baixas do que modelos bem mais caros, como o Mercedes Classe C, e inferiores às do Fluence (concorrente mais direto). Certamente não é por conta do design, que apesar de abusar dos cromados, agrada. A traseira é o destaque, com imitação de duplas saídas de escape e lanternas horizontais cortadas pela tampa do porta-malas, fazendo esquecer o antecessor 307 Sedan, que fracassou em conseguir mercado e chegava a ser vendido pelo mesmo preço do hatchback.
O interior é uma evolução do 307, com materiais de qualidade e diversos equipamentos. Apesar disso, a leitura dos instrumentos não é tão boa. No porta-malas (523 litros de capacidade), uma vantagem sobre Fluence, Cruze e Jetta: dobradiças pantográficas, que ocupam menos espaço.
Mas nem tudo são boas coisas no Peugeot 408. O conjunto mecânico foi herdado do 307, incluindo o bom motor 2.0 16V e... o câmbio de apenas quatro marchas, contra concorrentes de seis ou continuamente variável. A suspensão privilegia um rodar mais esportivo, emitindo barulhos na cidade. Mas o principal pecado do 408 é o altíssimo consumo, especialmente com etanol, que fica entre 5 e 6 km/l na cidade.
Conclusão: o Peugeot 408 é uma opção interessante na categoria dos sedans médios - mas não esqueça de fazer um test-drive nos concorrentes. Caso não precise do excelente espaço do porta-malas, aguarde a chegada do 308, no primeiro semestre de 2012.
Nota Final
9,1
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