No mês passado o Pentágono deu “OK” para a frota de jatos F-22 dos EUA voltar a voar, apesar de não ter conseguido resolver o problema de produção de oxigênio para os pilotos dos aviões. Eles decidiram apenas ver como os aviões se sairiam. Não deu certo: estão parados de novo.
Seria cômico se não fosse trágico. O Raptor é o caça mais caro jamais construído, 142 milhões de dólares por unidade. Sua média de custo por hora de vôo está em 54 mil dólares. Projetado para ser o caça mais moderno de todos os tempos, com capacidade de cruzeiro supersônico, empuxo vetorado e design stealth. Entrou em serviço no final de 2005, mas passa por uma séria crise operacional.
Um F-22 da base de Langley está inutilizado depois que um piloto perdeu o oxigênio durante um voo – exatamente o mesmo problema ocorrido com outro piloto há alguns meses e que pode ter matado outro piloto há um ano. O avião certamente tem algum problema – já que três incidentes em que pilotos perderam o oxigênio não é mera coincidência. Mas ao ler a declaração da Força Aérea dos EUA, parece que não há problema algum:
“Faz parte de nosso protocolo permitir que as unidades interrompam as operações sempre que precisarem analisar informações coletadas nas operações de voo para garantir a segurança. É o que está acontecendo no momento em Langley e apoiamos a decisão”.
“Interromper operações” é um baita eufemismo para não permitir a decolagem dos aviões por risco de queda. Ainda não se sabe quanto tempo os F-22 ficarão em solo – talvez meses, como na última vez. Mas esperamos que isso desencadeie um ímpeto de engenharia para resolver este problema de uma vez por todas, e que ninguém entre em um F-22 antes de que isso aconteça.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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