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Wednesday, October 26, 2011

A Quantum de tração integral que faltou no Brasil



Em 1981 a Volkswagen lançou a segunda geração de seu novo carro “grande”. O Passat cresceu, mudou-se para uma plataforma derivada do Audi 80 e trocou de nome: Santana. As opções de carroceria cresceram também, nas versões sedã de duas e quatro portas e a perua Quantum. No Brasil, onde chegou em 1984, o modelo inaugurou outro patamar na VW, introduzindo os motores de 1,8 litro e níveis de conforto e acabamento suficientes para grandes famílias.



Apesar de ser o mesmo carro produzido e vendido no resto do mundo, esta geração B2 do Santana brasileiro nunca teve motores multiválvulas como seus irmãos estrangeiros. A ausência mais lamentável, contudo, foi a Quantum Syncro, que recebeu o motor de cinco cilindros e o sistema Quattro de tração integral do Audi 80.

Esta mudança exigiu um novo túnel central para abrigar o cardã e a realocação do tanque de combustível e a remoção do estepe no fundo do carro, mas em troca a Quantum recebeu tração integral – e o público ganhou a possibilidade de ter o sistema Quattro sem precisar pagar por um Audi.



A Quantum das fotos tem o motor de cinco cilindros de 2,2 litros da Audi, que produz 113 cv e fica pendurado à frente das rodas dianteiras como uma gangorra. A caixa manual de cinco velocidades da Audi também veio junto e, mesmo atrás do motor, move as quatro rodas. A essa altura você deve estar se perguntando (eu me perguntei), “se ele tem motor Audi, caixa Audi e transmissão Audi, por que não comprar logo um Audi?



Bem, porque a Audi estava preocupada demais em colocar emblemas Quattro em qualquer coisa, por isso não teve tempo de fazer a versão Avant dos modelos 80 da época – deixando a Quantum para preencher o segmento até a chegada da 80 Avant B4 em 1991.

O interior deste modelo das fotos – apesar das 178.000 milhas (286.000 km) parece não ter sofrido nas bundas mãos de seus passageiros. Os bancos estão com uma aparência razoável e as rodas e o volante fazem o motorista sentir-se em um GT/GTS/GTI da época.



O carro está anunciado no Samba, a meca dos Volkistas na internet ao lado do VW Vortex. Por isso o vendedor não é como aquela velhinha que estava vendendo a Mercedes do falecido só porque não tinha mais força para fechar as portas asa-de-gaivota e resolveu ganhar uns trocados para transformar a garagem em sótão. Nesse caso o vendedor conhece o carro melhor que você. Ele pede 4.000 dólares, o que parece uma pechincha para uma perua Quattro da década de 80.

Pena que não tivemos uma dessas por aqui. Ou não. Do jeito que são as coisas no Brasil, um AP turbo com tração integral dominaria o mundo. Já imaginou uma Parati Quattro? Nem precisa, na verdade: ela existiu.



Fonte: jalopnik

Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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