Aquele slogan sobre o brasileiro cai muito bem no Mille. Primeiro porque o Uno era o modelo italiano, Uno Mille (e depois apenas Mille) é criação exclusivamente verde-e-amarela. Segundo porque ele realmente não parece desistir nunca. O veterano chegou aqui em 1984 com toda a pompa de um projeto muito moderno, logo fez família (sedã Premio, perua Elba e picape e furgão Fiorino) e supostamente teria o ciclo de vida de qualquer outro concorrente. Supostamente.
A concorrência se valia da confiança do público conseguida pelo maior tempo de atividades no país mas o Uno provou que também sabia agradar. Depois surgiram os incentivos ao popular com motor 1.0 e a Fiat criou o Mille em tempo recorde. Deslanchou nas vendas mas quando pensou em deitar sobre os louros surge o Corsa, com projeto típico da década seguinte, e a própria Fiat já estava gestando o Palio para o seu lugar. Mas quem disse que ele se rendeu? Tirou o nome Uno, ganhou diversas séries especiais e concentrou foco na linha de entrada.
E assim viu o tempo passar, mantendo números de vendas satisfatórios por ser um bom produto e de preço baixíssimo; atualmente é o menor do país. Tanto que ele nem se afetou com as mudanças do Palio, e fato é que não vai se afetar nem com a chegada da própria próxima geração – o novo Uno não o tirará de linha. Como se não bastasse, ele chega à linha 2011 é desdenhando dos que apostavam na sua retirada, ao receber os novos kits Sound de opcionais.
Eles buscam agradar aos jovens que até então comprariam o Mille exclusivamente por ser barato. São quatro opções em que a mais barata custa R$ 334 e traz alto-falantes traseiros, tweeter e subwoofer, enquanto as outras adicionam outros itens e podem chegar aos R$ 1931 ao trazer também sistema de som com CD e MP3 player e o kit Concept, com itens de conveniência e segurança. E isso na verdade não chega a atrapalhar o preço diet do modelo: ele começa em R$ 24.170 com duas portas e em R$ 25.970 com quatro portas.
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