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Saturday, June 18, 2011

As impressões do Chevrolet Omega Fittipaldi


O nome Omega ainda diz bastante ao público brasileiro - verdade que o sucesso não é mais o mesmo da década de 1990, quando era produzido no Brasil. Pensando nisso, a Chevrolet reinicia no fim de 2010 a importação do modelo, agora com a versão única Fittipaldi (segunda homenagem ao piloto Emerson Fittipaldi; a primeira foi em 1989, com o lançamento do Monza 500 EF). Assim como o Malibu, a intenção da GM é privilegiar os fàs da montadora, e não torná-lo um campeão de vendas. O Auto REALIDADE foi conferir de perto as mudanças do Omega, e se ele faz jus ao sobrenome...



O Omega Fittipaldi nada mais é do que uma renovação na geração apresentada em 2007 no Brasil. Em relação ao modelo anterior, a principal mudança é o motor: o 3.6 V6 Alloytec com 250 cavalos passou para 292 cv e 36,72 kgfm de torque. Além disso, para-choque dianteiro, grade dianteira, rodas (aro 17'') e aerofólio na tampa do porta-malas (quase imperceptível, veja abaixo) são novidades.



Por fora, as fotos dizem muito pouco. O Omega é do grupo dos carros que não é fotogênico. Pode parecer até que as rodas são pequenas e desproporcionais em relação aos 4,89 metros do modelo. Mas tudo muda ao vivo. Infelizmente é raro topar com um exemplar. Mas, justamente por isso, o Omega Fittipaldi é um carro exclusivo e nem parece tão velho assim - ao contrário do Malibu, que parece ainda mais datado com a chegada da nova geração.

Cadê o DVD?


Tudo bem que o Omega Fittipaldi possa parecer sem sal externamente, mas por dentro ele agrada bastante. O modelo vem com couro bege claro (uma cor que combina bastante com modelos luxuosos), que reveste os bancos e a porção inferior do painel, além das portas. O bom-gosto está presente também no design do volante e do câmbio, na tela touch-screen no painel, saídas de ar na traseira (embora até o Fluence traga o item) e nos grafismos.


Mas nem tudo são elogios no interior do Omega Fittipaldi. Alguns arremates desagradam um pouco, o que pode decepcionar os mais detalhistas. E, um defeito inadmissível, o Chevrolet perdeu o sistema de DVD de teto que o modelo 2008 possuia, e não o traz no sistema multimídia. 


Os fãs de desempenho provavelmente perdoarão o pecado: o Omega faz de 0 a 100 km/h em apenas 6,8 segundos, contra 8,1 segundos do modelo 2008. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 235 km/h (ainda assim, alcança mais velocidade que o modelo 2008, que atingia 229 km/h e não possuia limitador). Lembrando que tratam-se de dados de fábrica. Entre os carros vendidos pela GM no Brasil, perde só para o Camaro - de perfil de comprador diferente e que começa em R$ 185 000.

O som do motor do Omega, inclusive, lembra o do Camaro. Grande maioria dos compradores blindarão o carro, mas a Chevrolet garante que as alterações não surtirão grandes efeitos - não é à toa que o teto-solar não está disponível.


O Omega Fittipaldi é um ótimo carro, mas não pelo preço de R$ 128 600. Está certo que, quando esta geração surgiu, os preços começavam em R$ 145 000. Porém a cada mês surgem opções cada vez mais interessantes. Quem curte desempenho pode partir para um VW Jetta TSI, que custa quase R$ 40 000 a menos. E quem gosta de requinte vai adorar os mimos do Kia Cadenza, por preço um pouco inferior. Mas, para quem dá valor ao Omega e quer dar umas voltinhas em direção esportiva, mas vai ficar principalmente no banco de trás, é o carro. Aproveite e seja um dos (poucos) felizardos.

Avaliação Final

Omega VS. ''Meu Carro''

Como eu queria um requinte assim... Mas, se eu fosse executivo, compraria dois carros, um mais formal e outro esportivo. O Omega tenta cumprir bem as duas funções, mas acaba não exercendo nenhuma delas. E, num carro que beira os R$ 130 000, o único entretenimento disponível é o jornal ou o notebook, isso se você trouxer - a falta de DVD Player é injustificável. Sensores de estacionamento frontais seriam bem-vindos.


Omega VS. ''Carro do Papai''

Pena que ele não pode sair acelerando. Fã dos Omega anteriores, há tempos o papai perdeu sua admiração pelo modelo, mais precisamente desde a geração apresentada em 2003 no Brasil. Agora que o Malibu está na faixa dos R$ 90 000, o Omega acaba ficando ''encurralado'' na linha - e ele sentiu falta de teto-solar, que, convenhamos, deveria ser panorâmico ou duplo para um modelo nessa categoria.


Nota Final

8,2


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