E os brasileiros são obrigados a ver mais uma marca chinesa se instalar no nosso mercado. Como já era de se imaginar, os Lifan repetem o já cansativo coro de todas as marcas conterrâneas, de oferecer um carro com ótimo preço, ótimo preço, e o que mais? Ótimo preço, e nada mais. Quanto ao consumidor, se quiser estilo, bom desempenho ou ainda qualidade, que procure outra marca.
Eles já desembarcam com dois modelos. O Lifan 320 é nada menos que a cópia mais ridícula que já se viu de um Mini Cooper, mas com quatro portas. Seguindo o espírito jovial que tenta passar, seu interior é igualmente estranho e excessivamente arredondado. Seu pacote de equipamentos é um dos outros atrativos que as marcas chinesas costumam usar para seduzir: ele traz ar-condicionado, airbag duplo, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, freios com ABS e EBD, sistema de som com MP3 e rodas de liga leve.
Já o 620 se propõe a ser um sedã premium, como o Kia Cerato. Seu desenho segue a escola do Hyundai Azera, busca requinte em linhas mais conservadoras, mas que acabam parecendo envelhecidas desde hoje mesmo. Pelo menos sua lista de série é um pouco mais generosa: traz tudo o que o 320 oferece, mais bancos de couro, sistema de som com comandos satélite e sensor de estacionamento, por R$ 40 mil. Enquanto isso, seu irmão compacto tem preço inicial de R$ 29.980.
Quanto ao desempenho, o 320 oferece um 1.4 16v de 88 cv, enquanto o 620 usa um 1.6 16v de 106 cv. Não custa lembrar que a Fiat, por exemplo, oferece um 1.4 que com oito válvulas atinge 85 cv, e um 1.6 16v que chega aos 113, e isso com gasolina – sim, a tecnologia flex ainda é um sonho para os Lifan. E falando em realidades distantes, a marca vai começar a operar no Brasil com a “enorme” rede de 14 concessionárias, distribuídas por cinco Estados. E mais uma vez, quanto ao consumidor… Se morar em outro lugar, que procure outra marca.
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