Peugeot 206 2010

Seguindo o que já parece ter virado uma norma do mercado brasileiro, a Peugeot lançou o 207, mas manteve o 206 em linha, apenas como modelo de entrada, mas não tão acabado como o Gol G4 atual, e sim um pouco melhor, como o Palio Fire Economy.

Comparando com o modelo de 2009, o 206 perdeu os repetidores de pisca-alerta no para-lamas, e o limpador do vidro traseiro. Como todos os carros desse segmento, ele aposta no custo-benefício, trazendo de série rodas com calotas, alertas sonoros como o de tanque na reserva, antena no teto e coluna de direção com regulagem de altura.

Sua maior vantagem em relação aos concorrentes é o motor 1.4 flex de série, que produz 80/82 cv (gasolina/álcool), mas que produz 12,8 kgfm de torque. Seu preço inicial é de 25.700 reais para a versão duas-portas, e 26.900 para a quatro-portas, esta tendo disponíveis dois pacotes de opcionais, um que inclui direção hidráulica (30.700 reais), e o outro com ar-condicionado (33.700).

VW Polo I-Motion

Depois do sucesso dos Fiat Dualogic, o fabricante alemão resolveu também apostar no câmbio automatizado, dando mais uma vez a primazia à linha Polo, que no Brasil já inaugurou as séries BlueMotion e E-Flex, estas apenas para o hatchback.

Batizado de I-Motion (sigla para Intelligent Motion), o sistema ASG tem o câmbio de cinco marchas das versões manuais, que sofreu algumas mudanças em peças, mas com um mecanismo que faz as trocas sozinho. Conhecida por sua excelência na parte mecânica de seus carros, a Volkswagen conseguiu fazer um câmbio um pouco mais suave que o da concorrência, mas ainda assim longe de um Tiptronic.

De resto, o carro é o mesmo ótimo compacto premium de sempre, seja na versão hatchback ou sedã. Pelo menos por enquanto, o câmbio automatizado (opcional de 2450 reais) chega apenas com o motor 1.6 VHT, de 101/104 cv (gasolina/álcool), e promete um consumo semelhante ao das versões manuais. O novo opcional é o volante multifuncional com borboletas para o câmbio, que num pacote com o sistema de som multimídia, sai por 800 reais.

As novas versões são 1.6 I-Motion (42.580 reais) e Sportline 1.6 I-Motion (50.465) para o hatch, e 1.6 I-Motion (44.810) e Comfortline 1.6 I-Motion (53.815) para o sedã. Em caráter promocional, por 44.140 reais está sendo vendida uma versão do hatch automatizado, com ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico, entre outros itens.

Honda City

Terceiro veículo da marca produzido no Brasil, o City tenta se distanciar de Civic e Fit (ainda que seu próprio nome derive dos destes dois), e com preços iniciais entre 56.210 e 71.095 reais, se encaixa entre os sedãs premium, podendo roubar vendas de Fiat Siena, Peugeot 207 Passion e VW Polo Sedan.

Seu design logo desfaz quaisquer impressões de que ele é apenas um Fit 50 cm mais comprido. Sua mistura de elementos do Civic com a altura trazida da minivan o tornam único. Por dentro ele é mais sóbrio, mas ainda assim traz cabine com boa ergonomia, e um ótimo pacote de equipamentos, vindo com ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo e cd player com mp3 desde o pacote básico, LX.

Seguindo a política das montadoras orientais, as versões mais completas adicionam praticamente apenas itens de luxo, ao pacote "essencial" das básicas: EX e EXL trazem freios ABS, faróis de neblina e rodas de 16 polegadas, entre outros.

Os Honda City só podem vir equipados com o motor 1.5 16v flex, de 115/116 cv (gasolina/álcool) e vêm com câmbio manual de cinco marchas, mas podem ter automático com trocas sequenciais, que nas versões mais completas pode ter as trocas feitas por borboletas atrás do volante.

Chevrolet Astra

Depois de passar longos anos quase ignorado pela marca, praticamente vivendo das vendas para frotistas, alguém lembrou do Astra, e resolveu promover alterações na linha 2010, valendo-se do bom preço, a partir de 44.389 reais, para que ele volte a ser competitivo.

Tanto para o sedã quanto o hatch, as versões Advantage e Elegance deixam de existir: agora eles são vendidos em configuração única, que vem muito bem-servida de série: ar-condicionado digital, direção hidráulica, trio elétrico, alarme e rodas de liga leve de 16 polegadas, entre outros itens.

Como opcionais, eles podem vir com câmbio automático de quatro velocidades, airbag duplo e piloto automático. Ambos são equipados com o motor 2.0 FlexPower, de 133/140 cv, e 18,9/19,6 kgfm de torque, sendo o sedã vendido apenas sob encomenda.

Fiat Palio e Siena Dualogic

Depois de ter sido estreado pelo hatch Stilo, e emprestado para o sedã Linea, o câmbio automatizado agora chega nas versões mais completas da linha Palio. Assim como a versão ELX do compacto e HLX do sedã Siena, a minivan Idea e a perua Palio Weekend também o ganharam, mas nas versões Adventure Locker.

Concebido com conhecimentos trazidos da F-1, o Dualogic na verdade é um câmbio manual, mas com mecanismos para poder fazer as trocas sozinho e sem o pedal da embreagem. Com isso, ele ganha muito em dirigibilidade, como prevenção de trocas de marchas em regimes de rotações indevidos, adaptação ao estilo de condução, e a possibilidade de optar entre manual e automatizado mesmo em movimento. Na linha Palio, ele vem sempre com o motor 1.8 flex, de 112/114 cv, e torque de 17,8/18,5 kgfm (gasolina/álcool).

Por ter peso baixo (1030 kg), o Palio consegue um ótimo desempenho, que lembra o da versão 1.8R: velocidade máxima de 190 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos, com álcool. Seu preço inicial é de R$ 37.230, já com direção hidráulica, computador de bordo e rodas de 15 polegadas.

Já o Siena alia o câmbio Dualogic ao requinte do novo desenho, e ao ótimo pacote de equipamentos de série, que adiciona ar-condicionado e bancos e painéis de porta revestidos em veludo ao pacote das versões ELX, e o porta-malas de 500 litros, contra 290 do hatch. Seu preço inicial é R$ 45.420,00.

Renault Mégane 2010

Depois de alguns anos no mercado, mesmo sendo um excelente produto, o Mégane nunca viu suas vendas decolarem. Para tentar encaixá-lo de vez no segmento, a Renault promoveu leves retoques na linha 2010 tanto do sedã quanto da perua Grand Tour.

No exterior, as mudanças foram poucas: ambos ganharam lanternas com nova disposição das luzes, e novo desenho para as rodas de liga leve e calotas. A versão que ganhou mais novidades foi a topo-de-linha Dynamique, que agora traz cromados na grade dianteira e, por dentro, em várias partes da cabine, como manopla de câmbio e maçanetas. O console central agora tem acabamento que simula fibra de carbono, o painel de instrumentos ganhou novo grafismo, e os bancos, novo revestimento.

Com ótimo custo/benefício, sedã e perua vêm nas versões básica Expression, topo Dynamique, e a série limitada Extreme, todas com o motor 1.6 16v flex de 110/115 cv ou, para as duas últimas, 2.0 16v de 138 cv. Quanto aos câmbios, a Extreme (e também Dynamique, para a perua) pode ter manual de cinco marchas, ou automático Proactive de quatro. Seus preços começam em 51.790 reais para o sedã, e 57.590 para a Grand Tour.

Kia Soul

Mais uma prova da recente reinvenção das marcas coreanas, o curioso Soul chega para ocupar um nicho de mercado, ou seja, não tem concorrentes diretos, porque não se encaixa perfeitamente em nenhum.

Ele aposta não só no estilo, mas também nas cinco versões, para se adaptar aos mais diversos gostos, e ainda assim, com a escolha de câmbio manual ou automático. Seu motor é sempre um 1.6 16v de 124 cv, com versão flex prevista para o ano que vem.

Desde o pacote mais básico, que sai por 51.490 reais, ele traz ar-condicionado, airbag duplo, direção elétrica, sistema de som com leitor de mp3 e entradas para iPod com comandos no volante, banco traseiro bipartido e banco do motorista com regulagem de altura.

A versão manual intermediária (55.900 reais) traz o mesmo pacote da básica automática (60.900), com itens como freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, mais porta-trecos e spoiler traseiro. Já a topo-de-linha, tanto manual (59.900) quanto automática (64.900), incorpora mimos como interior colorido, câmera com visor LCD para marcha-a-ré e rodas de liga leve de 18 polegadas, entre outros.