Depois de fazer seu début no segmento dos compactos, o próximo ataque da marca chinesa é com os sedãs maiores. Depois da pomposa apresentação no Salão do Automóvel, o J5 chega ao país custando R$ 53.900 no mesmo estilo da linha J3, com pacote de equipamentos fechado. A intenção da JAC é que ele faça páreo com “consagrados” como Toyota Corolla, mas é bem provável que suas vendas equivalham às dos já veteranos Citroën C4 Pallas e Chevrolet Vectra.
Seu desenho logo traz à memória a ideia de um J3 Turin “inchado”. Afinal, estão lá os mesmos elementos, como os faróis amendoados que se esvaem num vinco em U que sustenta a maior tomada de ar do parachoque e parece fazer a grade superior levitar sobre ela. As laterais tentaram seguir o conservadorismo típico da categoria, mas é fácil perceber que a cautela da JAC em não ousar demais levou a um desenho simples demais, sem nada que chame a atenção. Somadas à traseira com o vistoso filete cromado acima do suporte da placa, fazem o modelo parecer antigo.
A cabine de bancos de veludo e painel de iluminação azul tampouco difere muito do resto da linha, e também oferece o mesmo carnaval de itens sobre o qual a marca tanto alardeia: temos ar-condicionado digital, airbag duplo, alarme, direção hidráulica, sistema de som multimídia com seis alto-falantes, trio elétrico, freios com ABS e EBD, rodas de liga leve aro 16”, farois de neblina e sensor de estacionamento, entre outros. Tudo de série, com o único opcional sendo as rodas de 17 polegadas. Seu porta-malas leva 460 litros, valor que lhe põe na média do segmento.
É na parte técnica que ele traz surpresas menos agradáveis. De um lado temos detalhes como suspensões dianteira e traseira independentes e um motor em alumínio, mas ao mesmo tempo o motor também funciona como ponto negativo. Por mais que a marca se orgulhe em contar seus potência de 125 cv e torque de 16 kgfm, este último só se atinge às 4000 rpm. Ou seja, para um carro de 1315 kg este 1.5 com certeza vai deixar a desejar, ainda mais comparando com os exuberantes 1.8 e 2.0 da concorrência, que oferecem mais força e que chega antes, facilitando o uso do carro nos trechos urbanos.
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