Volkswagen New Beetle Automático

Releitura moderna de um clássico que vendeu no Brasil mais de 3 milhões de unidades, o New Beetle não aparenta nem um pouco a idade que tem. Mesmo sem mudanças pesadas, o modelo ainda esbanja charme e atrai a atenção de todos por onde passa. Agora o modelo ganhou equipamentos, ficou com preço mais atraente e ganhou a opção do câmbio automático Tiptronic.

Seguindo sua proposta de focar apenas em ser um carro agradável e lembrar o Fusca, ele apresenta um comportamento confortável e seguro, com bom motor (2.0 a gasolina de 116 cv) e agora câmbio automático de seis marchas, com opção de trocas manuais. Como sempre, o Beetle vem bem equipado de fábrica, com airbags frontais e laterais, ar-condicionado, direção hidráulica e rádio com tocador de cd e mp3 e entrada para iPod.

Como pontos fracos desse carro, você só pode levar duas pessoas no banco traseiro, desde que elas sejam baixas, e se contentar com o porta-malas mínimo, de 209 litros. Por outro lado, se você quer apenas desfilar e ser visto por todos pela rua, ele é uma excelente compra - custa quase dez mil reais a menos que o Golf automático com os mesmos equipamentos.

Nissan Tiida

Lançado em meados do ano passado, o Tiida entrou no mercado dos hatchbacks médios, concorrendo com VW Golf, Fiat Stilo e Chevrolet Vectra GT.

Porém, o veículo ainda não deslanchou, possivelmente por causa de seu preço alto (começa em 54 mil reais) combinado com a ausência de equipamentos como ABS e EBD, presente nos concorrentes. Além disso, o sedã Sentra, da mesma marca, é um carro mais espaçoso e tem um motor mais potente, por uma diferença de preço não muito grande.

Mesmo com seus defeitos, o Tiida não é um carro ruim. Tem desenho moderno, com alguns elementos do exterior que lembram até o esportivo 350Z. Seu espaço interno é excelente, ainda mais porque o carro segue a cartilha de Stilo e 307, e tem 1,55 metro de altura. Na versão SL, topo-de-linha, seu banco traseiro pode ser deslocado mais de 20 centímetros para a frente: não interfere muito no conforto dos ocupantes, mas faz o porta-malas crescer para 463 litros. Pena que esse banco seja fixo na versão básica S: o porta-malas fica com 289 litros, mesmo tamanho do de um Palio, por exemplo.

Seu interior tem revestimentos de tonalidades agradáveis e botões claros e precisos. As regulagens de altura são feitas por alavanca. O Tiida vem com apenas um motor, 1.8 16v de 124 cv, movido apenas a gasolina, e com opção de câmbio manual ou automático. Com boas relações de marcha, o Tiida adquire um desempenho divertido, com respostas rápidas, e motor sempre cheio. Ele só não consegue filtrar as imperfeições do piso com maciez.

Fiat Linea

Conhecida mais por fazer ótimos carros pequenos, a Fiat volta ao mercado de sedãs médios com o Linea, sucessor do Marea. Longe de ser apenas um Punto com porta-malas maior, ele tem personalidade própria, cheio de requintes, para se manter no que deve ser o segmento mais movimentado do Brasil, o de sedãs médios, em que figuram concorrentes de peso como Toyota Corolla e Honda Civic.

Para enfrentar toda essa concorrência, o Linea se vale de uma grande lista de equipamentos, que inclui computador de bordo com GPS e trio elétrico, e um excelente atendimento pós-venda (que inclui até clube exclusivo para donos do carro) com duração de três anos, prazo da garantia de fábrica.

O Linea se apresenta ao mercado em quatro versões: 1.9 16v, 1.9 16v Absolute, 1.9 16v Dualogic e T-Jet. O 1.9 é flex, e tem 132/130 cv (álcool/gasolina), e deve ser o motor mais vendido da linha. Seus preços começam nos 57.537 reais para a versão básica, 64.850 para a Absolute, e 73.857 para a turbo.

Honda Fit

Desde o lançamento sendo consagrado tanto pelos consumidores quanto pelas entidades ligadas ao assunto, o Fit vem agradando a todos, por ter diversas vantagens e poucos defeitos. Em sua nova geração, ele conseguiu também sanar esses defeitos.

O modelo sofreu mudanças no interior, inspirado no Civic, para dar sensação de espaço maior. O modelo conta com mais porta-trecos pela cabine, e o porta-malas aumentou. A visibilidade também melhorou, com as janelas muito maiores que as anteriores. Quanto ao motor, mais um problema solucionado: o 1.4 agora tem 100/101 cv, enquanto o 1.5 apresenta 115/116 cv (gasolina/álcool).

Por fora, quase não há diferenças entre as versões, pois nem o pingo do "i" do logotipo dos modelos sobreviveu. Atualmente elas se resumem aos retrovisores, que no 1.5 têm as luzes de pisca no retrovisor, e às rodas, aro 14 no 1.4 e 15 no 1.5. Até o motor deles é o mesmo, tendo a diferença de cilindrada feita por apenas algumas peças do motor.

As maiores diferenças ficam no interior, e é na cabine que se percebe que o Fit 1.5 é um “upgrade” do 1.4: basicamente ele tem a cabine do 1.4, mas com itens melhorados. Sendo assim, ambos são compras excelentes, mas realmente compensa investir a diferença de preço e levar o 1.5.

Hyundai Azera

Com motor ótimo e preço melhor ainda, o Azera quer roubar clientes que hoje levam um Ford Fusion ou um Chevrolet Omega, e ainda tem argumentos para incomodar os sedãs de um nível mais elevado, como BMW Série 3 ou Mercedes-Benz Classe C.

Um de seus trunfos contra os concorrentes diretos está debaixo do capô. Contrariando quase todos os concorrentes, ele traz um V6 3.3 de alumínio, que produz 245 cv e, mesmo com seu peso de mais de uma tonelada e meia, vai de 0 a 100 km/h em cerca de nove segundos e alcança os 220 km/h de máxima. Tudo isso com um consumo não exatamente comedido, mas longe de ser alto.

Os pontos fortes não param por aí. O Azera possui ótima qualidade de construção e segurança invejável, ofercendo itens como freios ABS com EBD e BAS, além de controles de tração e estabilidade.

Por fora ele já não é muito ousado, trazendo linhas comportadas, e um estilo que lembra em geral carros mais antigos. Por dentro ele segue a cartilha do segmento, linhas clássicas e materiais e equipamentos de alta qualidade. O Azera não possui versões claramente diferenciadas por nomes, apenas por pacotes de equipamentos. O básico já vem bem equipado, com ar-condicionado digital dual-zone e trio elétrico, enquanto o completo adiciona faróis de xenônio e teto solar.

Kia Carnival

Aproveitando o aquecimento do mercado das midivans, a Kia traz sua Carnival, com oito lugares, para roubar clientes de Citroën Grand C4 Picasso ou Renault Grand Scénic.

Mas errado está quem pense que a Carnival é apenas uma Carens com um banco a mais. Ela passa dos cinco metros de comprimento e das duas toneladas, mas vem com um motor v6 de 242 cv, ficando mais ágil que várias das suas concorrentes.

A Carnival não traz luxos em excesso, como tela grande de LCD ou câmera na traseira. Porém, ela compensa os quase 145 mil reais que custa com itens como ar-condicionado digital dual-zone, duplo airbag, freios ABS, piloto automático e rodas de liga leve aro 17. Os bancos da fileira do meio não oferecem o sistema de encaixar no assoalho, para liberar o espaço é necessário retirá-los. Por outro lado, a midivan libera o motorista de outros esforços: altura do banco do motorista, portas laterais, retrovisores, tampa traseira e vidros têm regulagens elétricas.

Volkswagen Voyage

Doze anos depois, o Voyage retorna totalmente remodelado ao mercado brasileiro, buscando seu espaço no segmento, e até superar o atual líder dos sedãs pequenos, o Fiat Siena.

Nas versões com motor 1.0, de 72/76 cv (gasolina/álcool), ele fica bem lento, ainda mais com ar-condicionado ligado, problema que o motor 1.6 (101/104 cv) consegue resolver, com consumo não muito maior.

Seu visual consegue ser equilibrado, ao contrário do de muitos carros. Sua carroceria tem vincos fortes e fracos nos lugares corretos, eliminando a sensação de "lataria vazia" presente, como no Peugeot 207 Passion, realçada pelos pára-lamas grandes com rodas pequenas. Quanto a medidas, ele é apenas 33 cm maior que o Gol, mas possui porta-malas de 480 litros, quase empatando com o campeão do segmento, Logan, com 510.

Quanto a equipamentos, ele herdou a boa lista do Gol, com direito a computador de bordo, som com mp3, bluetooth e entrada USB/iPod, freios ABS e airbags, por exemplo. Porém, o problema é que todos esses itens são opcionais, sendo a lista de itens de série mínima.

Volkswagen Gol G4 2009

Até o ano passado, o compacto estava na quarta geração, e continuou angariando compradores até passar da casa dos 5 milhões de unidades vendidas. Porém, com a chegada do Novo Gol, a última geração com a carroceria do antigo “bolinha” sofreu um pesado reposicionamento.

Do G4 da época que foi lançado, não sobrou muita coisa. Sua lista de equipamentos de série é magérrima, incluindo ajuste de altura do banco do motorista, comando interno dos retrovisores e rodas de aço de 13 polegadas com calota. Como opcionais, ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos, entre outros, dispostos em uma infinidade de pacotes.

A humildade franciscana da cabine é continuada pelo motor: o G4 agora só oferece o 1.0 Total Flex, de 68/71 cv (gasolina/álcool), que atinge tanto sua potência quanto seu torque máximo a elevadas rotações. Por outro lado, seu porta-malas é um dos maiores da categoria, comportando 285 litros. Seus preços começam nos 27 mil reais, ainda acima do Fiat Mille Economy, o veículo mais barato à venda no país.

Kia Carens

Com o mercado de minivans médias migrando cada vez mais para os sete lugares, nas chamadas midivans, e com a chegada de concorrentes como Renault Grand Scénic e Citroën C4 Picasso, a Kia traz para o Brasil sua Carens, com preço girando em torno dos 80.000 reais

Com motor 2.0 16v a gasolina, de 149 cv, ela garante um bom desempenho, que aliado ao seu visual moderno e até levemente esportivo (com direito até a aerofólio traseiro), configura um ótimo carro, que tem tudo para fazer sucesso no mercado brasileiro. Sua lista de equipamentos é grande, incluindo ar-condicionado digital, direção hidráulica, trio elétrico, bancos de couro, freios ABS, bonitas rodas de liga leve e seis airbags.

Como toda minivan, a Carens oferece dezenas de porta-trecos por todo o seu interior. Seus bancos das fileiras de trás e do meio são rebatíveis, dando ao motorista três opções para carregar o carro: sete ocupantes e 220 litros de porta-malas, cinco ocupantes e 400 litros, ou dois ocupantes e 2106 litros.

Volkswagen Gol Geração V

Depois de uma curta quarta geração, o carro-chefe da Volkswagen, que vendeu mais 5 milhões de unidades em mais de 20 anos, passa por mais uma profunda mudança.

 

Agora com carroceria nova, o novo Gol traz mais benefícios aos passageiros, como o motor transversal, que libera mais espaço para a cabine, e soluções de estilo baseadas nos modelos europeus da marca. Conseguiu diminuir vibrações e ruídos significantemente.

Para passar a imagem de carro maior, ele traz, como opcionais, itens como computador de bordo, cd player com mp3 e entradas USB/iPod e alarme keyless, podendo vir com comandos no volante.

Ele chega com dois motores, ambos Total Flex, os mesmos usados no Fox: 1.0 de 76/72 cv e um novo e menos vibrante 1.6, de 104/101 cv. Seu porta-malas tem capacidade de 285 litros, na média do segmento (o Fiat Palio apresenta 290, e o Chevrolet Celta, 260 litros).

O Gol Geração IV continua em linha, mas reposicionado, ficando no nível de Celta, Ford Ka e Fiat Mille Economy. Tanto o antigo quanto o novo possuem garantia por três anos de motor e câmbio, estando o resto limitado a um ano.

Chevrolet Meriva

Lançada em 2002, a minivan compacta sofre leves alterações para continuar com as boas vendas, algo difícil de se conseguir num segmento com concorrentes diretos como Idea e Fit, e indiretos como Spacefox ou C3.

Suas mudanças estéticas se resumem a grade dianteira nova, lanternas escurecidas e logotipos novos, com a gravatinha dourada sem o arco que antes a envolvia. O modelo ganhou também a opção do motor 1.4 Econo.Flex, de 99/105 cv, somando-se com a do 1.8 de 112/114 cv (gasolina/álcool). Comparando com o Idea 1.4, a Meriva consegue números de desempenho melhores, mas a custo de consumir mais e ter motor mais ruidoso.

Suas versões se dividem mais pelos motores, ficando Joy e Maxx com o 1.4, e Expression, Premium e SS com o 1.8 e o câmbio automatizado Easytronic (sem embreagem), de sistema semelhante ao Dualogic dos Fiat Stilo e Linea. Seu porta-malas comporta 390 litros, que podem chegar a 1600, com o banco traseiro rebatido. Seus preços variam entre 46 e 52 mil reais.

Renault Grand Scénic

Depois de alguns anos com o segmento de minivans esquecido pelos fabricantes, a Renault traz da França sua Grand Scénic, para tentar roubar clientes da líder Chevrolet Zafira, usando para isso seus sete lugares, ante cinco da Scénic convencional.

Com preço de quase 88 mil reais, à primeira vista ela pode parecer cara demais. Mas ao olhar sua lista de equipamentos, ela parece mais atraente: já vem com ar-condicionado digital, direção e trio elétricos e seis airbags, além do visual da européia Scénic II, esta uma geração à frente da nossa Scénic, e que já foi reestilizada em 2006.

Seu interior é amplo, e conta com painel digital central, com dígitos azuis. Seus bancos possuem regulagens parecidas com a da Scénic, mas o banco do meio, da segunda fileira, pode se dobrar e virar uma mesa - os bancos da primeira e da segunda fileiras possuem mesinhas retráteis. Com os sete lugares não sobra espaço de porta-malas, mas retirando a terceira fileira (que se encaixa no assoalho) se libera um espaço de 550 litros. Com apenas o banco do motorista e do carona, o espaço pula para 1960.

Com todo o seu peso, o motor 2.0 16v de 138 cv não oferece um desempenho empolgante, mas também fica longe de ser apático. Com motor bom, espaço e visibilidade excelentes e opcionais como teto solar duplo, a Grand Scénic é um ótimo carro para grandes famílias. Ela vem em versão única, a Dynamique, e apenas com câmbio automático seqüencial, de quatro marchas, este compartilhado pela linha Mégane.

Fiat Palio Weekend

Depois de cerca de dez anos de mercado, a Palio Weekend voltou a ficar elegante e moderna com sua última reestilização, e ainda mais voltada para o fora-de-estrada, na versão Locker.

De novidades nas versões urbanas, agora temos a ELX, com um design requintado, usando os adereços do Siena, como as rodas e os frisos cromados pela lateral. Já a versão intermediária HLX foi extinta, dando lugar para a Trekking, esta usando alguns elementos da Adventure da geração anterior, como a altura em relação ao solo, e o visual seguindo o mesmo estilo, mas mais leve. Todas as versões mantém o porta-malas de 460 litros, um dos maiores da categoria.

Como o motor 1.8 virou exclusivo da Adventure, a ELX e a Trekking usam o novo 1.4, com 85/86 cv (gasolina/álcool), garantindo-lhes bom desempenho na cidade e na estrada, com consumo na média dos concorrentes. Seu preço começa na faixa dos 40 mil reais, mas ela pode ter itens como ar-condicionado, sensores de chuva e crepuscular e cd player com mp3, bluetooth e entradas USB/iPod.

Novo Ford Ka

O modelo antes conhecido por sua forma angulosas e polêmicas, seguindo o estilo New Edge, agora deixa de ser um carro de nicho para virar um carro mais sóbrio, visando concorrer em pé de igualdade com Chevrolet Celta, Fiat Mille Economy e VW Gol G4.

Com medidas maiores e desenho bem mais comportado, o Ka agora tem a missão de aumentar as vendas da Ford no Brasil, e tentar tirá-la do quarto lugar no ranking de vendas, atrás justamente de Fiat, VW e Chevrolet. Agora o Ka consegue levar cinco passageiros com relativo conforto, e ainda teve o porta-malas com capacidade aumentada, levando agora 263 litros, contra 186 do antigo.

Seus motores continuam 1.0 e 1.6, mas agora eles adotaram a tecnologia bicombustível, com o 1.0 oferecendo 69/73 cv, e o 1.6 102/107 cv (gasolina/álcool). Quanto a equipamentos, ele tem uma lista magra considerando itens como direção hidráulica ou ar-condicionado, mas oferece de série itens desejados pelos consumidores do segmento, como pára-choques na cor do veículo, travas elétricas e alarme. Tudo isso por um preço na média do mercado - entre as combinações de motor e pacotes de equipamentos, o preço varia de 26 a 37 mil.

Fiat Punto

A Fiat entra no mercado dos compactos premium com o elegante Punto. Derivado do Grande Punto europeu, o nosso vem com design moderno e grande lista de equipamentos, para concorrer com Citroën C3 e Volkswagen Polo, principalmente.

Com itens como o sistema Blue&Me, que possibilita conectividade entre carro, celular e mp3 player/iPod por comandos de voz, e teto solar Skydome, que ocupa cerca de 70% da área, ele encosta no Stilo em nível de sofisticação, ficando a diferença nos preços e no tamanho dos dois.

Quanto à motorização, ele tem a opção do 1.4 de 85/86 cv, que oferece um desempenho aceitável para a cidade, do 1.8, com 113/115 cv (gasolina/álcool), que já consegue trazer até diversão ao volante, e do 1.4 turbo da versão T-Jet, esta na medida certa para quem procura esportividade. Seu porta-malas comporta 280 litros, mas que podem chegar a 1030, com o banco traseiro rebatido.

Sua lista de itens de série é extensa, com direção hidráulica, regulagem de altura no banco do motorista, comandos internos para abertura das tampas do tanque e do porta-malas, e limpador/lavador dos vidros dianteiro e traseiro, desde a versão básica. O Punto começa na faixa de 35 a 40 mil.

Peugeot 207

Enquanto 207 significa um modelo totalmente renovado para os europeus, nós temos que nos contentar apenas com um 206 com frente e traseira novas, para evitar conflitos com o 307, segundo a marca.

A reestilização trouxe mudanças como nova frente, inspirada no modelo europeu e com algumas peças dele, como os faróis, traseira remodelada e algumas leves mudanças no interior. Quanto à dirigibilidade, ele perdeu a esportividade das gerações anteriores, e agora fica bastante voltado ao conforto, mas sem deixar de ser agradável ao volante.

Agora as versões se resumem à XR, básica, e XS, completa, ficando a XR com a opção de carroceria de duas portas, e a XS com a opção do câmbio automático, que pode funcionar também como manual com trocas seqüenciais. Seus motores são 1.4 de 80/82 cv e 1.6 16v de 110/113 cv (gasolina/álcool), e também equipam as versões perua, SW e Escapade. No porta-malas cabem 245 litros, passando para 1130 com os bancos rebatidos.

Seus preços variam entre 38 e 50 mil reais, com ar-condicionado e direção hidráulica de série em todas as versões. O 206 ainda continua em linha, mas apenas em uma versão básica.

Toyota Corolla

O Corolla era muito bom desde que chegou aqui, mas foi com a remodelação total de 2002 que ele atingiu o status que tem hoje. Com motores muito bons, linhas atuais e boa lista de equipamentos, ele era um carro excelente, e até chegou a liderar o segmento em vendas, mas com o passar dos anos ficou apenas "bom" - seu interior não era feio, mas era simples demais, e suas linhas já demonstravam sinais da idade, possivelmente por sua maciça aparição nas ruas.

Agora ele consertou os pontos fracos, e vem com mais requintes, como retrovisores com acionamento elétrico, computador de bordo e sidebags, na própria versão intermediária, a XEi. Sendo assim, a versão topo-de-linha, SE-G, recebeu itens antes inimagináveis num Corolla, como faróis de xenônio com lavador, ar-condicionado digital e piloto automático, de série.

Com todas essas mudanças, a Toyota sanou os problemas apontados pelos clientes quanto à geração anterior, que eram basicamente a excessiva simplicidade e o nível de ruído. Agora todas as versões contam com motor 1.8 16v VVT-i flex, com 136 cv tanto com gasolina quanto com álcool, mas agora atendendo às novas normas de emissões de poluentes de 2009. Seu porta-malas cresceu de 437 para 470 litros, ficando muito maior que o do Civic, com 340 litros.

Fiat Mille Economy

 

O carrinho que povoa nossas ruas desde 1984, seja como Uno ou Mille, depois de trazer inovações como motor turbinado, agora volta-se para a economia de combustível, para continuar o ótimo desempenho em vendas que mantém há muitos anos.

O carro teve algumas partes trocadas, como os pneus, e outras modificadas, como a quinta marcha, agora alongada, o posicionamento mais correto das rodas, e a troca de algumas peças do motor por outras mais eficientes. Com isso, a Fiat anuncia consumo até 10% melhor, o que se traduz em até 22 km com um litro de gasolina.

Para o motorista perceber melhor a economia do carro, a Fiat instalou no quadro de instrumentos o econômetro, medidor que exibe o quanto o carro está andando com um litro de combustível no momento, e que realmente ajuda o motorista, porque lhe induz a adaptar seu estilo de condução para obter menor consumo de combustível.

Os Mille agora vêm todos como Economy, seja na versão normal ou na recém-lançada Way, e sempre com motor 1.0 flex de 66/65 cv (álcool/gasolina), com carroceria de duas ou quatro portas. De resto, o carro continua o mesmo, com seus contrastes como o impressionante espaço interno, e o estepe localizado sob o motor.

Citroën C3

O compacto premium francês passa por sua primeira reestilização desde que chegou por aqui. Com nova frente, apliques pretos para a versão aventureira XTR, e novos revestimentos e acabamentos para o interior, a marca quer que ele continue com as boas vendas, sobretudo para as mulheres, que representam um grande percentual de sua clientela.

Ele foi beneficiado também com o câmbio automático, opcional existente há algum tempo em seus concorrentes diretos e indiretos, como Honda Fit, Meriva Easytronic ou o próprio Peugeot 207, de quem herdou o câmbio. Deixar de trocar marchas ou trocá-las no modo seqüencial, porém, só vai ser privilégio de quem comprar o carro nas versões GLX e Exclusive, e com motor 1.6. Ainda assim é uma boa compra, pois essa caixa oferece alta adaptabilidade, com modos que combinam com o modo de direção do motorista e com o piso a ser trafegado.

Seus motores são os mesmos do 207, 1.4 de 80/82 cv e 1.6 16v de 110/113 cv (gasolina/álcool). O C3 comporta 305 litros no porta-malas, mas que podem chegar a 1155, com os bancos traseiros rebatidos. Seus preços variam entre 38 e 51 mil reais.

Effa M100

A leva de carros chineses que começaram a desembarcar recentemente no Brasil ganha mais um integrante: a compacta minivan M100, que chega com um excelente atrativo para vendas: custa cerca de 26 mil reais.

Ela vem em uma versão única, com uma boa lista de equipamentos de série: ela vem com ar-condicionado, cd player e vidros e travas elétricos. Por outro lado, seu motor é um 1.0 movido apenas a gasolina, de fracos 47 cavalos que, se consegue ir razoavelmente bem na cidade, na estrada tem um desempenho apático, que pode chegar a ser perigoso em certas situações, como em ultrapassagens. Para se ter uma idéia de sua lentidão, ela vai da imobilidade a 100 km/h em mais de 20 segundos, enquanto o Mille os alcança em cerca de 17.

Por dentro ela apresenta uma cabine bem-projetada, mas simples. Sua dirigibilidade é comprometida pelos altos níveis de ruído e pela baixa estabilidade, mais notável em velocidades mais altas. Seu porta-malas comporta 320 litros.

A minivan se destaca apenas em itens relativamente dispensáveis, em acessórios, mas pode não ser uma boa compra por ir mal em quesitos importantíssimos, como desempenho ou segurança. Estima-se que seu seguro tenha um valor baixo. Sua garantia é de dois anos.

Ford Focus Sedan 2009

Recentemente re-estilizado na Europa, o novo Focus brasileiro chega sem dever nada aos irmãos estrangeiros. Assim como na versão hatch, o sedã vem com fortes predicados para ganhar uma expressiva fatia das vendas do segmento.

Suas linhas externas (ainda que com uma traseira comportada e imitando o irmão maior Mondeo) sugerem uma esportividade, continuada pelo motor 2.0 16v Duratec de 145 cv, e pelo câmbio, manual de cinco marchas ou automático de quatro, com opção de trocas seqüenciais.

Assim como os principais concorrentes, Honda Civic, Toyota Corolla e Fiat Linea, o Focus traz ótimo pacote de equipamentos tanto na versão básica GLX quanto na completa Ghia, com ar-condicionado digital dual-zone, duplo airbag, som multimídia com comandos no volante e computador de bordo, além do teto solar. Seus preços giram em torno dos 65 mil reais.

Ford Focus 2009

Vindo um ano mais cedo que o previsto, o novo Focus importado da Argentina vem para o Brasil igual ao produzido no resto do mundo, compartilhando plataforma com o Volvo C30, nas versões hatch e sedan.

Seguindo o novo estilo Kinetic, ele traz linhas que lembram muito o estilo New Edge do antecessor, mas que ao mesmo tempo são mais atuais, e menos recortadas.

O novo Focus vem por enquanto apenas com o ótimo motor 2.0 Duratec, a gasolina, que produz 145 cv – uma versão flex ainda não está prevista oficialmente.

Assim como o sedan, ele pode vir nas versões GLX ou topo-de-linha Ghia, com câmbio manual ou automático seqüencial, de quatro marchas. A versão antiga continua a ser fabricada, mas apenas com o motor 1.6.

Fiat Siena

Acompanhando as mudanças do Palio, o Siena passa por mais uma reestilização, e fica ainda mais elegante.

Com linhas mais modernas, o carro parece de uma categoria maior, mesmo nas versões mais simples, sensação reforçada por partes como as novas lanternas, inspiradas nos Alfa Romeo, ou os frisos cromados por todas as laterais.

Ele vem nas versões ELX, com 1.0 de 73/75 cv ou 1.4 de 85/86 cv e HLX, somente com o 1.8 de 112/114 cv (gasolina/álcool). Há também a Tetrafuel, que entre os quatro combustíveis que aceita, está o GNV, e já vem com todo o kit de série.

Seus preços começam na faixa de 35 mil reais, mas com sua sedutora lista de opcionais ele pode passar dos 50 mil, configurando um carro com requintes vistos apenas em sedãs mais sofisticados. Seu porta-malas é o vice-campeão do segmento, com 500 litros. Há também a versão Fire, com carroceria da geração anterior e motor 1.0 flex, começando na faixa dos 30 mil reais.

Peugeot 207 Passion

Depois do alarde para o lançamento dos 207 hatch e station wagon, no fim deste ano a Peugeot lançou seu primeiro sedã compacto no Brasil, chamado de 207 Passion.

Ainda que seu desenho tenha sido inspirado no luxuoso 607, o carro continuou usando as portas traseiras do hatch, deixando uma enorme área vazia entre essas portas e as lanternas, e nada foi feito para disfarçar isso. Felizmente a frente mais alta que a do 206 ajuda a harmonizar o visual, combinando com a traseira também elevada.

Outra adaptação do hatch foram as lanternas, que podem ser pequenas para a traseira do Passion, mas conseguiram liberar espaço para a boca do porta-malas, que ficou alta e larga. O espaço extra do desenho do Passion beneficiou esse compartimento também quanto à sua capacidade, que ficou com 420 litros, bem maior que os 313 da SW, mas menor que Siena e Voyage, com 500 e 480 litros, respectivamente. Seus motores são os mesmos do restante da linha, 1.4 com 80/82 cv e 1.6 16v com 110/113 cv (gasolina/álcool).

O Passion herdou os ajustes de toda a linha 207, voltados para o conforto, e em um sedã eles ficaram muito bem, pois o sedã ganhou dirigibilidade agradável, e, com bom preço, vai ser um forte concorrente para Siena, Fiesta Sedan, Voyage ou Prisma.

VW Polo Sedan Comfortline 2.0

Depois de ter sido lançado com o 2.0 8v e tê-lo abandonado mais tarde, a Volkswagen resolve relançá-lo na linha Polo, agora com a tecnologia flex, como versão esportiva GT para o hatch, e como motor único da versão completa do sedã, a Comfortline.

Além do novo motor, que traz 116/120 cavalos (gasolina/álcool), o Sedan passou por algumas mudanças, incluindo agora faróis com máscara negra, porta-luvas iluminado e novas rodas de liga leve, que só aumentam o já extenso pacote de equipamentos do sedã premium, que inclui mimos como ar-condicionado digital, cd player multimídia, sensores de estacionamento e detalhes internos cromados. Seus preços estão na faixa dos 55 mil reais.

Renault Clio Campus

Com o passar dos anos, a linha Clio ficou com uma concorrência cada vez mais forte, com os rivais se modernizando mais e mais, e essa situação só piorou com a chegada de Logan e Sandero, da própria Renault.

Para tentar reanimar as vendas do Clio hatch, a marca acabou com as versões antigas e criou apenas uma versão básica, Campus. O carro vem com uma lista mínima de itens de série, com bancos traseiros rebatíveis e barras de proteção laterais, mas pode vir com conta-giros, ar-condicionado, direção hidráulica e predisposição para rádio, entre outros.

Sua única opção de motor é o 1.0 16v, de 76/77 cv (gasolina/álcool). O Clio comporta 255 litros no porta-malas, uma capacidade bem pequena, perdendo até para o Celta, com 260. Ele tem seis opções de cor, entre metálicas e sólidas. Seu preço começa em torno dos 23 mil reais. Por enquanto o Clio Sedan continua com as versões normais, Authentique, Expression e Privilège, com as duas últimas podendo ter o 1.6 16v (110/115 cv).

Citroën Grand C4 Picasso

Seguindo a recente “revolução” do segmento das minivans, além da versão de cinco lugares, a Citroën traz da França a Grand C4 Picasso, que vem com atrativos para seduzir compradores desde da Chevrolet Zafira até da arqui-inimiga Renault Grand Scénic.

À primeira vista, seu design impressiona. Seguindo o conceito VisioSpace, ela traz uma enorme área envidraçada, com parabrisa se unindo ao teto de vidro. Sua carroceria é uma versão aperfeiçoada do design quase simétrico da Xsara Picasso (que não sai de linha com a chegada das C4), e vem com rodas de liga leve de 16 polegadas.

Por dentro, o luxo impera. Porta-trecos existem em quantidade quase inimaginável, quadro de instrumentos digital no centro do painel, retrovisor antiofuscante, ar-condicionado digital de quatro zonas, sete airbags e vários tipos de sensores, como os de estacionamento.

Como toda minivan desse porte (há quem as chame de “midivans”), a C4 Grand é empurrada por um 2.0 16v de 143 cv, que oferece desempenho satisfatório, mas não empolgante, ainda menos com o câmbio automático de 4 marchas. Seu porta-malas é de apenas 208 litros com os sete lugares, mas pula para 576 sem a terceira fileira, e para o latifúndio de 1951 quando carregando só o motorista e o passageiro da frente.

Chevrolet Corsa 2008

Visando maior competitividade, a Chevrolet trouxe mudanças na linha Corsa para 2008.

Para a linha Corsa, a principal mudança está na motorização: além do 1.0 e do 1.8 FlexPower, eles também oferecem o motor 1.4 de Prisma e Celta. Com isso, eles conseguem um desempenho bom sem gastar tanto.

Além disso, acabaram-se os infinitos pacotes de equipamentos: o 1.0 é vendido nas versões básica Joy e intermediária Maxx, o 1.4 nas Maxx e completa Premium, enquanto o 1.8 pode ser comprado nas Premium e esportiva SS.

Visualmente, o Corsa ganhou leves retoques na carroceria, com elementos que já existiam em outros modelos e versões, e o novo logotipo da marca.

Volkswagen Golf Tech

Parte das novidades da linha 2009 da VW, que incluem o “esportivo” Fox Extreme, o Golf ganha uma nova versão que, como o nome sugere, vem recheada de equipamentos de alta tecnologia.

No exterior, ele ganhou o logotipo Tech nas laterais, máscara negra nos faróis, rodas de liga leve polidas de 16 polegadas, e novas palhetas do limpador do parabrisa, que dispensam armação de aço.

Por dentro, ele traz de série sensor de chuva, retrovisor interno antiofuscante, ar-condicionado digital, piloto automático e o cd player multimídia Double DIN, e seu motor é o 1.6 VHT de 101/104 cavalos (gasolina/álcool). Tudo isso por preços na faixa dos 60 mil reais.

Renault Kangoo 2009

Segmento carente de novidades, as multivans no Brasil já foram representadas por até apenas três modelos: o líder Fiat Doblò, Citroën Berlingo e o Renault Kangoo, que vira o ano por aqui com leves mudanças, enquanto vira outro modelo na Europa.

Externamente, logo se percebe a frente totalmente nova, com faróis em forma de gota, capô com vincos mais pronunciados e novos pára-choque e grade dianteiros. Outras novidades foram a chegada da terceira fileira de assentos, e as portas traseiras corrediças nos dois lados do veículo.

A versão básica Authentique, que começa em 43.690 reais, traz de série predisposição para rádio e direção hidráulica, mas pode vir com ar-condicionado, terceira fileira de bancos e portas laterais deslizantes. Já a topo-de-linha Sportway, de 53.860, traz todos os equipamentos da básica mais seus opcionais, além de airbag duplo, faróis de neblina, rodas de liga leve, cd player com MP3 e rack de teto.

Seu porta-malas comporta 600 litros, chegando a 2600 com os bancos traseiros rebatidos, e podendo carregar até 500 kg. Quem impulsiona tudo isso é o mesmo 1.6 16v Hi-Flex da linha 2008, de 95/98 cv a 5000 rpm, e 15,1/15,3 kgfm a 3750 rpm (gasolina/álcool).

Peugeot 307 Presence Pack

Produzido na Argentina, o 307 aqui sempre teve um desempenho de vendas mediano, e podemos dizer que isso traz prós e contras. Afinal, ainda que a Peugeot não se sinta satisfeita com um modelo que não chega nem perto de concorrentes como VW Golf, Ford Focus  e Fiat Stilo, sua presença rarefeita nas ruas valoriza sua imagem, conceito perdido há tempos por outro rival, Chevrolet Astra.

A versão Presence Pack vem para tentar um meio-termo bem interessante: investe na conservada imagem de requinte do hatch médio mas conciliando um preço baixo para conseguir as tão desejadas vendas maiores. É um pacote de 2200 reais que traz frisos externos na cor da carroceria, rodas de liga leve e MP3 player, por R$ 57.100. Ou seja, a preocupação com as aparências se nota nos cuidados com o exterior e no uso do mesmo 1.6 16v flex de até 113 cv da Presence original.

O Presence Pack fica interessante não tanto pelas melhorias do “Pack”, e sim pelo conjunto que passa a formar no 307. Porque ele mantém o excelente espaço interno envolto por uma cabine projetada com muito bom gosto, mantém um motor que pode não ser o mais vigoroso mas o leva com desenvoltura, mas agora agrega visual que o distancia de modelos básicos, sem que isso inche seu preço. E seu pacote de série continua sedutor: ar-condicionado, airbag duplo, freios ABS, computador de bordo e travas e vidros elétricos.

Chevrolet Vectra Elite 2.0

Não se pode esquecer que a estratégia da Chevrolet nacional para seus segmentos de topo foi vergonhosa. Trouxeram o Opel Astra H europeu com o nome do modelo maior, Vectra, e o que nós já tínhamos como Astra ficou intacto, e não deve ser tocado tão cedo. As versões mais caras do atual Vectra eram Elegance somente com o 2.0 e Elite somente com o 2.4 16v, mas as leis do mercado já procuraram interferir.

É inconcebível que esta marca ofereça um motor maior e 16v com potência específica menor que o 2.0 8v da versão mais básica. Talvez por ter percebido isso eles resolveram unir o luxo ao barato, e criaram a mistura Elite 2.0 por R$ 76.500, que gera 121/128 cv (gasolina/álcool). A maior vantagem está em aproveitar os menores impostos para essa faixa de cilindrada, mas oferecendo o mesmo luxo da versão Elite já existente.

Para falar a verdade, se o modelo já tinha desempenho satisfatório com esse motor, não vai ser um pouco mais de equipamentos que o tornarão lento. O problema está mesmo é com a antiquada caixa automática de quatro marchas, que não consegue aproveitar o motor como uma de mais velocidades ou do tipo CVT. A linha 2008 aproveitou para dotar este Vectra de GPS e antena externa tipo shark, mantendo o mesmo luxo da cabine que já se conhecia.

Renault Sandero

Se um dia a atual linha Clio era atrativa pela modernidade das linhas, os anos fizeram seu papel, e tanto hatch quanto sedan começaram a perder competitividade. A Renault aproveitou que seu sedã de baixo custo Logan já estava fazendo sucesso, e resolveu criar uma variante hatchback, inédita no mundo.

Por fora, o Sandero surpreende porque alivia a sobriedade excessiva do sedã, e consegue chegar a um estilo mais agradável, chegando até a ser levemente esportivo, ainda que não chegue necessariamente a ser bonito. Mas ele reafirma o parentesco ao ter “genes” como o retrovisor único (o direito é o esquerdo montado ao contrário) e os faróis monoparábola.

No interior, se a cabine não exibe arroubos de estilo ou sofisticação, herda todo o excelente espaço, fruto das generosas medidas como o entre-eixos de 2,59 metros. Quanto a equipamentos, a versão básica Authentique vem muito mal-equipada, mas a situação já melhora com a intermediária Expression, e ainda mais com a topo Privilège, mas sempre com preços atrativos, ainda que mais caros que os do Logan.

Quanto à motorização, o Sandero pode vir com os motores flexíveis 1.0 16v, mais voltado ao baixo custo, 1.6 de 92/95 cv, com força ótima para o ciclo urbano, e 1.6 16v de 107/112 cv, mais adequado para casos de uso mais frequente na estrada.

Fiat Stilo Dualogic

 

Atualmente fora-de-linha na Europa, o Stilo segue no Brasil como uma boa opção no segmento, ficando no meio do caminho entre os defasados VW Golf e Chevrolet Astra, e os recém-chegados novo Ford Focus e Citroën C4.

Para se manter competitivo, ele é o primeiro nacional de passeio a usar o sistema de câmbio automatizado, inaugurado na F-1. Partindo de uma caixa manual comum, ele não usa o sistema sem embreagem dos micados Palio Citymatic ou Corsa AutoClutch, e sim um mecanismo que apenas pode efetuar as trocas de forma automática sequencial, mas também aceitando o modo manual, podendo vir com borboletas atrás do volante (em conjunto com comandos satélite do som).

Por um preço baixo, 2500 reais, tanto o Stilo 1.8 Flex quanto o Stilo Sporting 1.8 Flex podem ter o item, que se adapta ao estilo de condução, encarrega-se das frequentes trocas de marcha no anda-e-pára das grandes cidades, mas mantém as 5 marchas, o que ajuda na esportividade ao dirigir na estrada, por exemplo. E ainda se preserva: se o motorista tenta engatar uma marcha em velocidade alta ou baixa demais, o sistema proíbe, mostrando um aviso no painel.

Atualmente, o Stilo só pode vir com o motor 1.8 flex, de 112/114 cv, e 17,8/18,5 kgfm (gasolina/álcool). Com o câmbio Dualogic, seus preços partem de 52.560 reais na versão básica, 63.060 na Sporting, e 65.900 na Blackmotion, apenas esta não tendo a opção do câmbio manual convencional.

Chrysler 300C V6

Quem consegue ver um 300C passando e ficar indiferente? Seu formato usa as linhas retas típicas de modelos europeus aliadas a rodas grandes e comprimento avantajado e recheado de cromados como só os americanos conseguem fazer. Mas o modelo acaba de ganhar por aqui uma versão de entrada que acaba tendo mais ganhos do que perdas… E a perda maior é no preço, que despenca interessantes 30 mil reais.

É o 300C V6, que sai por R$ 139 mil. Como o nome diz, sua mudança principal foi no motor, em que o 3.5 V6 fica no lugar do 5.7 Hemi V8. Ainda assim 249 cv são um plantel muito vigoroso, capaz de tracionar o modelo com desenvoltura, até porque todo o resto do conjunto mecânico é comum ao irmão mais forte, como o câmbio automático sequencial de cinco marchas. Com o tentador detalhe de que este motor acaba sendo muito mais comedido que o V8 em termos de consumo de combustível.

A linha 2008 dos 300C também trouxe novidades para todas as versões. Caso das lanternas traseiras com nova disposição de luzes, aerofólio traseiro com brake-light e interior levemente refeito, mas principalmente da inclusão do MyGig, sistema de som multimídia que inclui touchscreen, DVD player e disco rígido de 20 gb para o usuário. Itens que só aumentam o pacote de itens do V6, que na verdade só restringe ao V8 itens como teto solar e bancos com aquecimento.

Renault Logan

Depois de passar anos com o Clio Sedan amargando sempre as vendas mais baixas do segmento, a Renault decide trazer o romeno Logan para o Brasil, voltado principalmente ao custo-benefício.

De cara, os faróis não empolgam, ainda menos quando ao lado de um Peugeot 207. Também não agrada a lateral inexpressiva, quase sem vincos e com janelas quase verticais, em contraste com os vincos e recortes de um VW Voyage. E não vai ser a traseira que vai desfazer essa impressão, com lanternas simples e retas, humilhadas pelas estilosas e modernas do Fiat Siena.

Entretanto, ao se chegar no interior, as impressões se revertem. Com entre-eixos de 2,63 m, largura de 17,4 m e altura de 1,51 m, o novo sedã da marca francesa tem espaço maior até que de sedãs médios, inclusive no porta-malas, com 510 litros e a liderança da categoria.

O Logan pode vir com os motores flexíveis 1.0 16v (76/77 cv), 1.6 8v (92/95 cv) e 16v (107/112 cv), estes dois excelentes na cidade e na estrada, respectivamente. Suas versões são Expression (1.0 16v ou 1.6) e Privilège (1.6 ou 1.6 16v).

Citroën Xsara Picasso 2008

Lançada na Europa em 2000 e desembarcando aqui no ano seguinte, a Xsara Picasso foi apresentada ao mundo pela primeira vez como um carro-conceito, em 1998. Ainda que suas formas originais não tenham recebido aceitação unânime, seu ar de modernidade era indiscutível.

Entretanto, os anos passaram, e a idade do seu projeto se aproxima de uma década, sem mudanças quaisquer. Por mais que ela continue atraente, as concorrentes surgiram e/ou se aperfeiçoaram, como a Chevrolet Zafira, e algo deveria ser feito com a minivan francesa produzida no Brasil. Suas sucessoras naturais seriam as elegantes C4 Picasso e Grand C4 Picasso, mas por enquanto temos que aceitar o leve face-lift promovido exclusivamente para o mercado brasileiro.

A parte mais beneficiada de seu exterior foi a frente, que ganhou novos elementos que ajudam a sintonizá-la com as últimas tendências da marca, como o logotipo integrado à grade. A traseira ganhou apenas novos pára-choque e logotipos. No interior, novos revestimentos, agora mais escuros para atender os pedidos dos clientes.

A tabela de preços foi mantida, com as combinações de motores 16v 1.6, de 110/113 cv (gasolina/álcool), e 2.0, de 138 cv, e de versões, básica GLX, que ganha novas calotas, e topo Exclusive. Novas cores foram adicionadas ao catálogo, e agora ela conta com o sistema de revisões com valor padronizado, a cada 10.000 km.